o Kokokunti. Dei de
presente a Kiabieti um alicate de unha, e um canivete ao filho pequeno dele. Ele
nos presenteou com uma grande quantidade de banana e cará. 12 DE OUTUBRO 2008 (Domingo)
Quando levantamos, por volta das 5h30, as abelhas já estavam chegando. Arrumamos as nossas mochilas, fizemos café e partimos em direção ao acampamento-base, no rio Xingu. Chegamos às 10 horas. Todos nos esperavam, mas, para nossa surpresa, encontramos no caminho Bedjai, Meuban, Tarepá e Kokokunti levando umas marmitas com comida. Naquele momento, resolvemos seguir viagem e só comer quando chegássemos ao acampamento.
Em seguida, o Sérgio promoveu uma reunião para que pudéssemos relatar a nossa façanha de ter chegado ao Centro. Depois de um breve relato, resolvi dar uma demonstração de como se pode fazer fogo com dois pauzinhos, técnica que desenvolvi após pesquisa, várias tentativas, e os ensinamentos do cacique Cuiuci, chefe dos Suyás.
Depois do almoço, levamos Kiabieti à sua aldeia, que
fica logo abaixo do nosso acampamento. O piloto do barco foi o Kokokunti. Dei de
presente a Kiabieti um alicate de unha, e um canivete ao filho pequeno dele. Ele
nos presenteou com uma grande quantidade de banana e cará.
Dali, seguimos para São José do Xingu: eu, Tito e Tarepá pilotando o barco. Paramos no acampamento-base para falar com o Sérgio. Nossa missão era ir a São José do Xingu telefonar para os familiares, à Petrobras para verificar se os motores já tinham sido pagos, e para a TVCA sobre a reportagem, entre outras providências.
Pegamos carona em um caminhão de transportar bois.
Inicialmente, ficamos em cima do teto de carroceria, mas com o tempo vimos que
era perigoso, pois a estrada, com muitos buracos, resultava em grandes
solavancos. 
Pulamos então para o fundo da carroceria, onde os bois ficam. A
partir daí, foi muito engraçado: dois sujeitos sendo transportados num caminhão
de boi. O Tito filmou a cena da gente dentro da carroceria.
Regressamos no dia seguinte na camionete do Tico. Ia me esquecendo, em São José do Xingu não tem agência de banco. A Caixa Econômica Federal tem um convênio com um supermercado, o programa Tem Caixa Aqui. Como já estava quase sem dinheiro, resolvi ir até lá fazer um saque. Surpresa: só havia R$ 15,00 no caixa. Uma lástima esse serviço. Não funciona, pois só tem dinheiro se houver depósito. Como os clientes da Caixa são poucos por aquelas paragens, normalmente não há dinheiro em caixa. Por sorte, neste dia passei por lá e consegui sacar R$ 200,00.
Ainda bem que o Sérgio levou bastante dinheiro e cheques. Fiz um vale de R$ 400,00 com ele. Para comprar gasolina, o cheque do Sérgio funcionou. Além dos telefonemas, usamos também a Internet para dar conta da nossa incursão na mata aos familiares e ao Paulo Castilho, que vinha editando matérias sobre a expedição em seu blog www.goiania-goias.blogspot.com.